terça-feira, 14 de abril de 2009

insanidade

Portal dos meus ouvidos
Da minha boca
Dos meus desejos
Do meu sexo exposto
Das minhas invirtudes
Dos meus sonhos
Das minhas mãos no teu
Da minha loucura
Do meu coração
Medroso
Da minha mente insana
Do meu não querer querendo sempre tardio
Da minha insanidade
Dos meus destemperos
Da minha cabeça tonta
Da minha fome
Dos meus nos teus
Dos meus no teu
Não sei até quando
Foi até hoje
Até amanhã de outro sempre aberto exposto
Redondilhas de um verso incurado
Doença?
Armadilha...
De deuses
Sou nada mais que anfitriã
De uma festa quase sempre sem convivas
Insatisfeita permaneço com aqueles que comparecem
incompletos
divididos
inquietos e velozes
com seus próprios quereres

Um comentário:

Carlos Neri disse...

Adorei esse texto, Dinha. Que bom termos agora esse canal do blog. Bjs